Dolce Vita - Ryan Paris


dolce vita paris
Dolce Vita - Ryan Paris. 1983

A dolce vita tem esta banda sonora. Mas não peçam ao Ryan Paris para dançar.


Esta música devia ser obrigatória sempre que alguém dissesse dolce vita, ou quando alguém falasse do dolce fare niente. Aparecia como fundo sonoro, ou então cantarolada, sob pena de multa para o prevaricador. "Ai, falaste da dolce vita e não cantaste o Ryan Paris, toma lá que já apanhaste!" Para que os preceitos fossem cumpridos, a brigada Dolce Vita palmilharia as ruas e escutaria as conversas, e sempre que alguém viesse com o Dolce Vita ou o Dolce Fare Niente e não trauteasse o Ryan Paris, toma lá que já almoçaste. O ideal dos ideais seria existir mesmo um país chamado Dolce Vita, um país pequeno, onde os habitantes e os visitantes não fizessem mais nada que não fosse passear nas margens do rio com uma camisola de linho atada ao pescoço, sapatos de vela nos pés e enfeitados com um sorriso de orelha a orelha.
De vez em quando, parariam nas esplanadas e bebiam um refrescozinho de limão ou uma cerveja, e seguiam viagem cantarolando Dolce Vita. Mas um país talvez seja pedir demais. Uma cidade. Chegava uma cidade: a cidade Dolce Vita. Poderia parecer-se com Paris, com a zona fluvial de Paris. Ou com Veneza: uma enorme cidade, toda ela praça de São Marcos.
Dolce Vita é um estilo de vida, e um estilo de vida que se veste com a música do Ryan Paris logo nos primeiros acordes. Dolce Vita é Veneza, Dolce Vita é Paris, Dolce Vita é a luz clara de Lisboa, Dolce Vita é o passeio da Alfândega do Porto à Ponte D. Luís, Dolce Vita é o passeio marítimo de Gaia. Dolce Vita é o final de uma tarde de Verão, Dolce Vita é o intervalo nos dias frios do outono e do inverno. E a dolce vita tem esta banda sonora. E desde que o Ryan paris não dance, está tudo bem. Só podia ser dos anos 80.


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